Surf, uma opção de vida viável, agora em documentário realizado em Portugal, apresenta 12 vidas incomuns.
Frederico Morais

“Quero explorar”, “quero saber de onde venho”, “quem está a viver no meu próprio país agora”, “a absoluta liberdade que existe”, “o que faço é por causa do surf”, “encontrei vida – encontrei a minha vida”, palavras-chave que são cartão de visita para o documentário lançado recentemente, filmado em Portugal, sobre vidas fora do padrão normal ligadas ao surf.

 

Movement – a Journey into Creative Lives é o nome do documentário realizado por Tobias Ilsanker, que conta com a presença de Francisco Cipriano (co-autor do primeiro guia nacional de ondas «Portugal Surf Guide»), onde são apresentadas 12 vidas alternativas de pessoas incomuns, cuja inspiração é principalmente o surf. A saber: Pedro Lima, surfista do Porto e pioneiro do desporto em Portugal, Eurico Gonçalves, surfista da Figueira da Foz, José Antunes, activista do SOS Cabedelo, e Eurico Romangueira, da Figueira da Foz, os candidatos que nos levam a viajar pelo seu estilo de vida.

 

José Antunes, um dos surfistas do documentário, surfista há 25 anos, apesar de não se rever por completo no estilo de surf de hoje em dia, há uns anos “desfrutava muito mais”. “Havia muito menos gente na água e o convívio era mais saudável. Hoje, há dias em que sinto stress lá dentro e por vezes nem apanho ondas, fico a observar”, confessa, revelando que se sente tranquilo pois a “minha principal intenção com a Yoni Surfboards é tentar reaver esse espírito. O prazer de surfar, o prazer próprio prancha, o respeito pelo outro e pela natureza”. Refere ainda que estudou agricultura Biodinâmica, educação Waldorf, e deu aulas de horticultura e carpintaria. Por isso, começou a fazer experiências, apurar técnicas, experimentar diversos materiais mais ecológicos, e hoje, depois de fazer mais de 300 pranchas de surf, reconhece neste o meio para transmitir o que sente.

 



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