O Irão vai expandir a sua frota de navios mercantes a partir de 2016 e uma das suas duas maiores companhias de navegação, a IRISL (Islamic Republic of Iran Shipping Lines), já tem uma lista de encomendas, a financiar por fundos que podem exceder 120 biliões de dólares (cerca de 106 mil milhões de euros), actualmente congelados devido às sanções económicas a que o país foi sujeito e que os dirigentes iranianos esperam ver disponibilizados logo após o seu levantamento. A informação é divulgada pela Lloyd’s List, que cita o novo presidente da IRISL, Mohammad Saeidi.
A medida é uma antecipação do fim das sanções e surge na sequência do acordo firmado entre o Irão e um conjunto de países composto pelos Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, que implica o regresso pleno dos iranianos ao mercado internacional já em Janeiro do próximo ano, segundo espera Mohammad Saeidi.
De acordo com este responsável, esta modernização envolve a construção de contentores (579 mil TEU), navios de granéis sólidos (2 milhões de toneladas de porte bruto, ou DWT – deadwheight tonnage) e petroleiros (1.6 milhões de toneladas de porte bruto), que deverão estar operacionais em 2020.
O Irão não rejeita a possibilidade de alianças para concretizar este plano de expansão e já estão em curso contactos com a Shipping Corporation of India para retomar uma pareceria indo-iraniana que durou 38 anos, até à sua interrupção em 2013, por efeito das sanções económicas. No entanto, o Irão parece quer privilegiar a China, com cujos bancos existem relações especiais, o que poderá facilitar a colocação de encomendas em estaleiros chineses. No horizonte dos iranianos também estão encomendas em estaleiros sul-coreanos.
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