Uma equipa de investigadores dirigida por Jun Kang no Korea Maritime and Ocean University da Coreia do Sul desenvolveu uma técnica para converter fuligem, substância proveniente da decomposição do combustível em partículas, em grafite, uma forma diferente de carbono usada nas baterias de lítio (muito usadas em mecanismos eléctricos), segundo o The Maritime Executive.
Para tal, os investigadores obtiveram a fuligem de navios em operação e com a fonte de carbono a altas temperaturas, através de um processo chamado pirólise, extraíram dos armazenamentos a fuligem. E embora seja proibido que os navios descarreguem fuligem no mar, pelo Anexo V da MARPOL (Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios), os motores podem emitir bastantes toneladas de partículas.
Um navio de contentores com capacidade de 5 mil TEU acumula mais de mil litros de fuligem por ano, extraídos, posteriormente, em terra, durante a limpeza. E cerca de 80% da fuligem de motores a diesel é carbono e, de acordo com estimativas internacionais, a quantidade anual de partículas de escape emitidas pelos navios está entre 0,9 e 1,7 milhão de toneladas.
Mas embora o estudo tenha confirmado que o material apresenta alta capacidade de descarga e excelentes propriedades de ciclo de vida e esta seja uma tecnologia renovável promissora, foi apenas utilizada para este estudo uma fonte de fuligem, pelo que mais pesquisas teriam de ser levadas a cabo para se comprovar a alternativa, referem os investigadores. No fundo, o que está em causa é a utilização de um resíduo, como a fuligem dos navios, para produzir energia renovável.
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