O navio Solitaire, operado pela Allseas, sediada na Suíça, começou esta semana a operação de instalação do gasoduto para gás natural Nord Stream 2 da GazProm no Golfo da Finlândia, refere o portal do próprio projecto. A infra-estrutura servirá para fornecer anualmente 55 mil milhões de metros cúbicos de gás à Europa, suficiente para abastecer de energia cerca de 26 milhões de lares.
De acordo com o portal do Nord Stream 2, a zona de segurança em redor do Solitaire é de 1,85 Km (1 milha náutica) e em redor dos navios de investigação Oceanic e Olympic Triton é de 500 metros (0,3 milhas náuticas). As informações sobre restrições à navegação relacionadas com a operação estão disponíveis em tempo real no Notices to Mariners, NAVTEX (Navigational Telex) e via rádio (VHF).
O portal refere também que todas as operações de segurança na Zona Económica Exclusiva finlandesa foram acordadas com as autoridades marítimas e fronteiriças do país e os trabalhos decorrerão conforme as autorizações concedidas e sob supervisão dessas autoridades. O navio, que usa um sistema de posicionamento dinâmico para se colocar com precisão, realizará as operações 24 horas por dia.
O Solitaire instalará as tubagens de 12 metros e 24 toneladas do gasoduto, que serão soldadas a bordo e para ele transportadas por outros navios provenientes de plataformas logísticas próximas, como as de Kotka e Hanko, ambas na Finlândia. Com 300 metros de comprimento, trata-se de um dos maiores navios do mundo para instalação de estruturas submarinas, operacional desde 1998 e com capacidade de transporte de tubagens de 22 mil toneladas.
Em 2007, este navio estabeleceu o recorde mundial em instalação de oleodutos em águas ultra profundas, a 2.775 metros, no Golfo do México, e foi utilizado na instalação do gasoduto Nord Stream em 2010 (cujo conceito técnico e trajecto serão largamente semelhantes aos do Nord Stream 2).
O Nord Stream 2 ligará a Rússia e a Alemanha e deverá estar operacional no próximo ano. A Rússia, a Alemanha, a Finlândia e a Suécia já concederam todas as autorizações necessárias à sua construção nas áreas sob sua jurisdição, mas autorizações semelhantes da Dinamarca ainda são aguardadas, refere o Maritime Executive.
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