Associações da indústria da construção naval de França e Itália (ASSONAVE, italiana, e GICAN, francesa) assinaram um roteiro para investigação e desenvolvimento do sector – Research, Development and Innovation (RDI) Roadmap, segundo o World Maritime News. O documento, destacando as principais tecnologias que o sector quer desenvolver nos próximos dez anos, tem também como finalidade estar um passo à frente da concorrência asiática neste panorama.
“A nossa liderança está actualmente sob ataque dos principais países asiáticos na construção naval e requer altos investimentos em RDI a serem salvaguardados no futuro, bem como um forte apoio governamental aos investimentos”, referiu a ASSONAVE, durante a exposição internacional Euronaval. Pelo que o roteiro está em consonância com a agenda europeia, em particular o trabalho em curso para o PQ9 e para o Fundo Europeu de Defesa (EDIDP para o desenvolvimento e o EDRP para a investigação), e abre novas oportunidades à cooperação civil e militar para empresas francesas e italianas.
As associações definiram cinco áreas principais nas quais se deverão concentrar os investimentos primordiais: em ter Navios Sustentáveis, Navios Inteligentes, Embarcações Autónomas, Infra-estruturas Smart Offshore e Estaleiros Inteligentes. Metas para serem alcançadas entre 2030 e 2050.
“A definição deste roteiro é um passo fundamental para garantir que o papel de liderança desempenhado pelas respectivas indústrias de construção naval a nível global é adequadamente reflectido nos órgãos europeus relevantes”, explica Vincenzo Petrone, presidente da ASSONAVE. “Apesar da dimensão da nossa indústria, nós, europeus, ainda precisamos de consolidação para que os campeões europeus adquiram a importante dimensão necessária para competir com construtores navais asiáticos nos sectores civil e militar”, acrescentou.
2 comentários em “Indústrias francesa e italiana unem-se na construção naval”
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A associação faz todo o sentido.
É pelos maus motivos que as nossas empresas industriais do setor naval nunca se associaram, a não ser ocasional e frouxamente por intermédio da Associação das Indústrias Navais. A agora nem isso, restando à Lisnave manter a AIN, no desinteresse de uns e a ausência de outros, apesar de ser a nossa .única representação nos fóruns internacionais.
Há muito que o documento da EU, “The LeaderSHIP 2020 – The Sea, New Opportunities for the Future” de Fev. 2013 apontava e aponta soluções de futuro!