Embora exporte mais do que importe para países do Belt and Road, a China assiste a uma tendência para que essas importações venham a superar as exportações
Yang Ming

Em 2017, pela primeira vez, as importações chinesas de países integrantes do projecto «Belt and Road», desenvolvido pela China e que visa unir o Extremo Oriente à Europa e África pelas antigas rotas terrestres e marítimas do comércio da seda, cresceram a um ritmo mais veloz do que as exportações chinesas para esses destinos, refere o Maritime Executive com base em dados oficiais da China.

Segundo o jornal, tais importações atingiram os 560 mil milhões de euros em 2017, mais 20% do que no ano anterior, e o equivalente a 39% do total do valor das importações chinesas. As exportações chinesas para esses países foram de 660 mil milhões de euros no mesmo ano, apenas mais 8,5% do que ano anterior. Já o valor geral do comércio da China com esses países foi de 1,7 triliões de euros, mais 13,4% do que em 2016 e 5,9% acima do crescimento do comércio global chinês.

No contexto deste projecto, o jornal refere que o crescimento mais rápido foi com os países da Ásia Central, seguidos pelos da Europa Oriental. O Vietname, a Coreia do Sul, a Malásia, a Índia e a Rússia estão entre os 10 principais parceiros comerciais da China neste projecto, responsáveis por cerca de 70% do comércio chinês com países do «Belt and Road».

De acordo com previsões do Banco britânico Standard Chartered, o investimento chinês no projecto pode atingir 252 mil milhões de euros até 2030, mais do dobro do investimento actual. O jornal refere que a iniciativa acelerou o investimento directo do país no estrangeiro, que foi o segundo maior nos pequenos países em 2015 e 2016,a seguir ao dos Estados Unidos.

Em 2016, o investimento directo chinês em países do projecto atingiu 109 mil milhões de euros, mais 12% do que no ano anterior e o equivalente a 9% do investimento directo da China no exterior, segundo dados do Banco citados pelo jornal.

 



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