Na sequência de decisões tomadas no MEPC 74, a ICS acredita que o transporte marítimo irá melhorar a eficiência das suas emissões de carbono até 2030
Centre for Economics and Business Research

A Câmara Internacional da Marinha Mercante (ICS, no acrónimo em inglês), permanece confiante em que a indústria do transporte marítimo irá melhorar a sua eficiência carbónica em pelo menos 40% até 2030 face a valores de 2008, em linha com as metas da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) de redução dos gases com efeito de estufa, refere a ICS em comunicado.

A consideração surge na sequência de decisões tomadas na última semana na 74ª sessão do Comité para a Protecção do Meio Marinho da IMO (MEPC 74). Decisões que o ICS acolheu positivamente, como as regras sobre o Índice de Design para Eficiência Energética aplicáveis a vários tipos de novos navios.

“Estamos satisfeitos por ver progressos no desenvolvimento de medidas de curto prazo que ajudam a frota existente a reduzir as suas emissões e optimistas sobre o facto de Estados membros da IMO poderem concordar com alguns regulamentos adicionais, durante 2020, combinando abordagens prescritivas e objectivos que se dirijam a mais reduções de emissões de gases com efeito estufa antes de 2023”, referiu o Secretário Geral do ICS, Guy Platten.

O ICS entende que não há razão para que a IMO não alcance um acordo rápido sobre medidas de optimização da velocidade dos navios, acreditando que esse objectivo pode ser atingido através do Super SEEMP (Ship Energy Efficiency Management Plans), conforme proposto por si e outras associações de armadores. Até porque esta ideia parece ter apoio entre muitos Estados membros da IMO.

“Embora nenhuma decisão final tenha sido tomada, ficou claro que a maioria dos Estados Membros da IMO, incluindo grandes economias como a China, a Índia, os Estados Unidos e muitas nações sul-americanas, tinha pouca vontade no momento para iniciativas como a obrigatoriedade de limites de velocidade, expressando preocupação com a redução da eficiência do transporte marítimo, aumentando a distância entre economias e os mercados, ao mesmo tempo que desincentivaria a adopção de novas tecnologias de redução de CO2”, na opinião de Guy Platten.



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