Face à incerteza sobre o futuro do transporte marítimo e ao aumento do número de mega-navios no mercado, há quem pense que as duas dezenas de navios encomendados em Setembro pela HMM possam ser demais para o fluxo global de transporte. A empresa discorda.
Coreia do Sul

A Hyundai Merchant Marine (HMM) acredita que vai conseguir satisfazer a capacidade dos 20 grandes navios que encomendou em Setembro, dos quais 12 de 23 mil TEU e oito de 15 mil TEU, contrariando receios de que algumas condições de mercado inviabilizarão esse objectivo, refere o World Maritime News.

O que faz temer alguns analistas é a incerteza que reina no mercado do transporte marítimo e que terá tornado difícil a muitas companhias de navegação obter as economias de escala pretendidas com a aquisição dos mega-navios. O jornal, referindo dados da BIMCO, lembra que dos 150 navios entregues este ano até ao momento, apenas dois têm capacidade entre 4 mil e 10 mil TEU e que a introdução de muitos mega-navios na rota entre o Médio Oriente e a Europa provocou uma quebra nas tarifas dos fretes durante todo o ano.

De acordo com a HMM, citada pelo jornal, os custos fixos devem diminuir significativamente, “a eficiência do combustível vai melhorar largamente e os custos do abastecimento de combustível irão diminuir moderadamente com a instalação dos sistemas de scrubbers”. Tal combinação de competitividade de custos e lançamento de navios deverá atrair clientes, parceiros e investidores, refere a empresa.

Refere ainda a empresa que o nível de utilização dos seus navios e da carga movimentada aumentou significativamente. O nível médio de uso dos navios atingiu os 75% em 2016 e 78% na primeira metade de 2018, esperando-se que ultrapasse os 80% na segunda metade deste ano, e o volume de carga movimentada passou de 3 milhões de TEU, em 2016, para 4 milhões de TEU em 2017, o que significou um crescimento de 30%, e sem aumento de frota. A expectativa para 2018 é de um volume de carga movimentada de 4,5 milhões de euros.



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