A empresa considera que os estaleiros devidamente certificados para reciclagem de navios não bastam para satisfazer as necessidades do mercado e, no caso da lista europeia de estaleiros certificados, não têm a dimensão suficiente para receber grandes navios
Convenção de Hong-Kong

A Hapag-Lloyd é favorável à ampliação da lista de estaleiros reconhecidos pela União Europeia (UE) para reciclagem de navios, que já contempla três unidades exteriores à própria UE (um estaleiro dos Estados Unidos e dois na Turquia), mas considera que todos esses estaleiros são insuficientes para fazer face às necessidades do mercado.

A empresa apoia ainda a decisão da UE de visitar estaleiros indianos que já estão certificados por uma sociedade classificadora por estarem conformes à Convenção de Hong-Kong de 2009 sobre Reciclagem Segura e Ambientalmente Correcta dos Navios, na expectativa de que possam vir a integrar a lista europeia de estaleiros reconhecidos.

A integração dos três novos estaleiros na lista, cujas novas regras estão em vigor desde 31 de Dezembro de 2018, teve em conta a LDT (Llight Displacement Tonnage, ou seja, a unidade que mede o peso de um navio desprovido de vários elementos, como carga, combustível, lastro, armazenamento, passageiros ou tripulação), que a Hapag-Lloyd considera insuficiente.

E um dos problemas colocados, além do problema geral da China só autorizar reciclagem de navios de pavilhão chinês, é o de que a maioria dos estaleiros da lista europeia são demasiado pequenos para acomodar navios com capacidade de 4.400 TEU, reflectindo a carência de estaleiros devidamente conformes as regras internacionais para a reciclagem naval.

 



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