O Ministério do Mar já reagiu aos resultados negativos dos portos comerciais do Continente no primeiro trimestre, divulgados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), e de aqui demos conta. Sem negar os números adiantados pela AMT, que são fornecidos pelas respectivas autoridades portuárias, tuteladas pelo Governo, o Ministério do Mar nota que já há indícios de recuperação e o ano poderá mesmo chegar ao fim com novos recordes positivos.
A quebra de 10,9% do movimento de carga no 1º trimestre, que totalizou 21,9 milhões de toneladas, face ao trimestre homólogo de 2017, foi justificada pelo Ministério do Mar com “factores externos, como as condições climatéricas adversas, que atrasaram entradas e saídas de navios em porto e afectaram várias operações”, na linha do que tinha sido avançado pela AMT. No caso do porto de Sines, o principal do país, o Governo acrescentou as “paragens técnicas de algumas importantes unidades produtivas da região”, que terão afectado as operações portuárias.
A estabilização das condições climatéricas e das operações portuárias foram acompanhadas por sinais de recuperação, refere o Ministério do Mar. O Governo argumenta com os sinais de Abril (+16%) e do 1º quadrimestre (+0,47%) no porto de Leixões, os números alusivos aos granéis sólidos do 1º quadrimestre (+2,5%) no porto de Lisboa e do 1º quadrimestre (+8,71%) no porto de Aveiro (o único com resultados positivos no 1º trimestre).
Face a estes indícios, o Ministério do Mar considera que “o sistema portuário nacional está a regressar áquilo que tem sido a normalidade dos últimos anos – o crescimento ano após ano” – e admite que em 2018 pode registar-se “um novo máximo histórico no segmento dos Contentores, que deverá crescer mais de 3% e ultrapassar a fasquia dos 3 milhões de TEU’s – o que será um feito inédito no sistema portuário nacional”.
Um comentário em “Governo desvaloriza resultados portuários do 1º trimestre”
Deixe um comentário Cancelar resposta
- Os Portos e o Futuro
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística
Na verdade tudo serve de desculpa….. Como se o tempo adverso em Portugal afectasse o movimento de navios no mundo!!!!!