As tarifas dos fretes nos navios-tanque de produtos químicos devem manter-se estáveis a médio prazo, considera a consultora Drewry, baseada no aumento de produção principais países exportadores, segundo o World Maritime News.
De acordo com o jornal, desde 2015 que os Estados Unidos começaram a exportar mais e a importar menos químicos liquefeitos. A capacidade de metanol norte-americana cresceu 77% nesse ano, graças a um acréscimo de 3,5 milhões na produção anual, o que faz com que as exportações do produto por parte dos Estados Unidos comecem a modificar os padrões do comércio marítimo de químicos a longa distância.
Com o aumento do volume de exportações dos Estados Unidos para o nordeste asiático (12%) e para a Europa (20%) em 2015, a consultora estima que as tarifas dos fretes nas viagens transatlânticas para o Oriente cresçam a médio prazo.
Por outro lado, desde o fim das sanções internacionais impostas ao Irão, muitos projectos no Médio Oriente conheceram novo ímpeto e deverão desenvolver-se. Em 2015, as exportações do noroeste asiático e da Europa cresceram 5% e 23%, respectivamente, e a Drewry espera que este ritmo de crescimento prossiga ao longo dos próximos três anos, impulsionando as tarifas dos fretes, refere o jornal.
No entanto, nas rotas via Pacífico para Ocidente, em 2015 assistiu-se ao aparecimento de navios de grande dimensão, 38 dos quais no segundo semestre, incluindo 15 com um porte bruto de 30 mil a 40 mil toneladas.
Os analistas da Drewry esperam igualmente mais navios de grande porte nas rotas comerciais para Oriente em 2016, daí resultando uma expectativa de redução das tarifas dos fretes a curto prazo, com estabilização no médio prazo.
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