Foi o Primeiro-Ministro, Edouard Philippe, quem o afirmou. O objectivo é aumentar a competitividade dos portos franceses e contribuir para a transição energética em curso no transporte marítimo internacional
Digital Container Shipping Association

A França vai adaptar a sua legislação de modo a implementar o gás natural liquefeito (GNL) como combustível marítimo, anunciou o Primeiro-Ministro, Edouard Philippe, na última semana.

Com esta medida, o Governo francês espera incentivar a instalação de infra-estruturas para bunkering de GNL em terra nos portos franceses e com isso ali simplificar o reabastecimento de navios com este combustível.

O anúncio foi feito numa conferência que decorreu no porto de Le Havre e surgiu a sequência de outro anúncio, o de que a empresa francesa CMA CGM vai adoptar o GNL nos seus nove futuros porta-contentores de 22 mil TEU.

Neste contexto, vários meios de comunicação referem que o Governo francês pondera rever as regras fiscais sobre amortização de investimentos em novos navios ou tecnologia de motores, visando promover novas alternativas no quadro da transição para um transporte marítimo económica e ambientalmente mais sustentável.

“Temos que usar esta transição energética para no distinguirmos no mercado – nos transportes e nos serviços portuários”, referiu o Primeiro-Ministro francês, acrescentando que quer os portos franceses equipados com instalações para GNL e também com meios para fornecimento de energia eléctrica aos navios.

Edouard Philippe também referiu a necessidade de uma estratégia para melhorar a competitividade dos portos marítimos franceses, que perderam terreno face aos seus rivais do Norte da Europa, e sugeriu uma revisão para impulsionar os principais portos do país – Le Havre, Marselha e Dunquerque. “Não me consigo habituar à ideia de Antuérpia como o primeiro porto de França”, referiu, segundo citam alguns meios de comunicação.



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