Dar às actividades de pesca recreativa flexibilidade para levar os seus praticantes a pescar em vez de realizar um controlo exaustivo das quantidades pescadas, é considerada uma vitória para o meio ambiente e para a economia, segundo um artigo publicado na revista Fisheries Research, refere a organização ambientalista Environmental Defense Fund.
Esta conclusão resulta de um programa piloto que demonstrou que a flexibilidade, a par com a responsabilidade incutida nos pescadores, permite, além de melhores resultados para as empresas de pesca (pois permite mais viagens por ano na estação adequada), maior receita, maior recolha de dados e maior adesão aos limites de captura e conservação das populações de peixe.
A temporada, a dimensão e os limites de captura são indicadores de gestão antigos, cujos fins, não são, por vezes, os requeridos, acabando por se tornarem corridas aos peixes, resultando em regulamentos ainda mais firmes e num crescente desperdício de peixe.
Um exemplo da falha na gestão da pesca recreativa é o Golfo do México. Grandes sobre-colheitas tornaram-se norma e por isso, as temporadas de pesca para as espécies já estão fechadas por um grande período do ano. Entretanto, gera-se polémica à volta de quem tem mais peixe e não de quem dele faz melhor uso. Além disso, este tipo de pescadores, tal como os pescadores comerciais, podem fugir ao sistema.
O estudo, feito com um grupo de pescadores do Golfo do México, demonstrou que tendo os pescadores a possibilidade de pescar com os seus métodos inovadores e nas temporadas desejadas, desperdiçam menos peixe. Assim, o estudo evidenciou mais viagens, onde embarcaram mais pescadores, de forma a dar uma atenção redobrada às quotas e ao que pescavam, aumentando as possibilidades de pesca e proporcionando uma mistura mais diversificada de espécies. A receita líquida aumentou para as empresas e os limites de captura nunca foram excedidos. A captura incidental diminui para metade (de peixe que seria desperdiçado).
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