Uma equipa de investigadores irá realizar, a bordo dos navios de pesquisa Roger Revelle e Sally Ride, em Agosto, uma expedição científica no nordeste do Oceano Pacífico para estudar o ciclo de vida dos micro-organismos que representam um papel fundamental na desacidificação dos oceanos, segundo comunicado oficial da NASA (National Aeronautics and Space Administration), que chefia o projecto em conjunto com a National Science Foundation (NSF).
Sob a égide da Export Processes in the Ocean from Remote Sensing (EXPORTS), campanha científica multidisciplinar da NASA que providencia informação sobre o oceano, esta será a primeira expedição para estudar o plâncton microscópico e o seu impacto no ciclo de carbono da terra. E contará com um avançado robot subaquático, denominado Sieglider.
O fictoplâncton é um organismo minúsculo parecido com uma planta que vive na superfície do oceano, cresce com a luz solar e com o dióxido de carbono, desempenhando por isso um papel fundamental na remoção do dióxido de carbono atmosférico e na produção de oxigénio. Deste modo, a equipa irá investigar a composição do fitoplâncton e a quantidade de carbono que se move no oceano (tanto na superfície como nas profundidades) e de que forma os processos oceânicos afectam o destino do carbono, de modo a entender quanto é que se infiltra nas profundidades do oceano e quanto é devolvido para a atmosfera.
“Desenvolvemos o EXPORTS para observar simultaneamente os três mecanismos básicos pelos quais o carbono é levado da superfície do oceano para a profundidade. Estamos a estudar a biologia e a ecologia do fitoplâncton na superfície da água, para entender de que forma as suas características impulsionam o transporte de carbono até a zona de crepúsculo e, em seguida, o que acontece com o carbono nas águas mais profundas”, explicou David Siegel, cientista da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, ligado ao EXPORTS.
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