No mesmo dia em que se manifestaram e começaram uma greve de 24 horas, os estivadores decidiram prolongar a greve ao trabalho suplementar já agendada até 8 de Outubro até 1 de Janeiro do próximo ano
Porto seco no Egipto

Em Plenário Nacional de Estivadores realizado no dia 20 de Setembro, antes da manifestação nacional do sector que ocorreu entre o Cais do Sodré e a Assembleia da República, o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL) aprovou uma extensão da greve ao trabalho suplementar até 1 de Janeiro de 2019. Segundo o pré-aviso, a greve decorrerá das 08H00 de 8 de Outubro às 08H00 de 1 de Janeiro de 2019.

Recorde-se que no dia do Plenário e da manifestação, na qual esteve presente uma delegação da CGTP-IN, teve início uma greve de 24 horas que abrangeu os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores). Nos dias seguintes, a greve passa a ser apenas ao trabalho extraordinário.

A extensão da greve foi justificada pelo SEAL com “a total ausência de respostas por parte das entidades patronais, dos sucessivos jogos de espelhos que não deram nenhuma resposta nem às perseguições de natureza sindical, nem à precariedade extrema, nem ao quadro de desigualdade entre os estivadores dos diferentes portos, nem tão pouco às razões pelas quais rasgaram unilateralmente o acordo que vigorava no porto de Lisboa”.

O SEAL apelou ainda a “negociações sérias que conduzam ao fim das perseguições de natureza sindical, à limitação da precariedade, ao respeito pela lei da greve, ao desbloqueio da contratação colectiva, rumo a um contrato colectivo nacional com condições dignas para todos os estivadores”.

 

 



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