Isabelle Ryckbost, Secretária-Geral da European Sea Ports Organisation’s (ESPO), aproveitou a Conferência GreenPort 2017, que se realizou este mês em Amsterdão, na Holanda, para apresentar a agenda de sustentabilidade da sua organização para os próximos meses.
Entre os apelos feitos pela ESPO, constaram o de uma política de gestão de resíduos de navios eficiente e responsável, bem como o de um objectivo de redução do CO2 mais ambicioso. A representante da ESPO sublinhou que os incentivos para que os navios descarreguem os seus resíduos nos portos devem ser acompanhados por um «direito de entregar» que reflicta os volumes normais que um navio descarrega num porto.
A Secretária-Geral da ESPO admitiu que o lixo marítimo é um problema sério e que é preciso enfrentar a questão introduzindo medidas para reduzir a produção de resíduos a bordo dos navios”, aplicando o mesmo raciocínio a outras fontes de resíduos, quer no mar (navios de pesca e de recreio), quer em terra. E considerou que a obrigatoriedade de descarregar os resíduos em porto deve ser implementada usando as possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias.
A ESPO também tem defendido a isenção de IVA para o abastecimento de energia em terra feito pelos navios, o que colocaria esta actividade em condições de igualdade com a electricidade gerada a bordo pelos navios, que beneficia dessa isenção, e contribuiria para melhorar a qualidade do ar.
A responsável da ESPO também defendeu a urgência num acordo global para as emissões de CO2 no transporte marítimo até 2023 e um programa Connecting Europe Facility forte para o período 2020 a 2027, que permita aos portos europeus investir na sustentabilidade. A organização considera que garantias adicionais e outros mecanismos financeiros são essenciais para descarbonização dos portos.
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística
- Prio lança biocombustível para transporte marítimo