Amanhã, em Monchique, e no dia 17 de Abril, em Mafra, serão libertados mais de 300 peixes de água doce nascidos no Aquário Vasco da Gama (AVG), segundo informa a Marinha. A iniciativa tem a autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e enquadra-se no projecto Conservação ex situ de organismos fluviais, em que a Marinha participa.
Trata-se de um projecto destinado à reprodução e manutenção de “espécies ameaçadas de água doce da fauna e flora portuguesas, para posterior libertação”, conforme refere a Marinha, que envolve, além da Marinha, a Quercus, a Faculdade de Medicina Veterinária e o MARE-ISPA (Centro Universitário de Investigação em Biologia Matinha do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida).
A primeira libertação será amanhã, na ribeira de Odelouca, e envolve 256 Bogas do Sudoeste “nascidas no AVG em 2016 e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio”, refere a Marinha. Está em causa “uma espécie considerada criticamente em perigo”, que existe só em Portugal, nas bacias hidrográficas dos rios Mira e Arade.
“Estes exemplares encontravam-se no mesmo tanque de reprodução do grupo de Bogas do Sudoeste, que foi libertado no ano passado, mas ficaram retidos para crescimento porque apresentavam um reduzido tamanho corporal (<4cm) que os tornava vulneráveis ao transporte”, esclarece a Marinha.
No dia 17, serão libertados no rio Safarujo 100 Ruivacos do Oeste “nascidos no AVG em 2016 e 2017 e descendentes de exemplares capturados no mesmo rio”, explica a Marinha, acrescentando que é “uma espécie considerada criticamente em perigo” e que “apenas existe em Portugal, onde vive nos rios Safarujo, Alcabrichel e Sizandro”.
Esta libertação “conta com a participação da escola básica local no âmbito de um projecto de conservação e educação financiado pela Europian Union of Aquarium Curators”, nota a Marinha.
Nota: Foto retirada do site da Marinha portuguesa
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