Nos primeiros sete meses deste ano, só foi encomendada uma capacidade total de 202 mil TEU em porta-contentores, de acordo com a empresa de análise de mercado Alphaliner, citada pelo World Maritime News. Em 2015, ao longo dos 12 meses, foram encomendados porta-contentores com capacidade total para 2,3 milhões de TEU, segundo as mesmas fontes.
Esta tendência decrescente nas encomendas de porta-contentores atingiu o seu ponto mais baixo desde 1999, segundo a Alphaliner, com um ratio de 17,1% face ao total da frota mundial, bastante abaixo do pico de 64% atingido no final de 2007, quando o sector registou uma fase florescente.
O declínio, como refere o jornal, vem desde 2008, embora as encomendas de navios com capacidade para mais de 18 mil TEU pela Maersk tenha desencadeado pequenas vagas de encomendas dos seus concorrentes, segundo a Alphaliner. Mas a queda deve continuar devido às condições de mercado e ao fenómeno de consolidação na indústria do transporte marítimo.
Embora reduzido face ao total mundial, o ratio de encomendas de porta-contentores não é uniforme relativamente à dimensão dos navios. De acordo com as mesmas fontes, é de 56% para navios com capacidade superior a 10 mil TEU e de 4,5% para navios abaixo dessa capacidade.
Segundo o jornal, citando a mesma fonte, a queda nestas encomendas pode estar relacionada, pelo menos em parte, a exigências do regulamento NOx TIER III da Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês), aplicável a navios com potência de motores superior ou igual a 130 Kw em circulação a partir de 1 de Janeiro. Face à data em questão, algumas empresas anteciparam as encomendas por causa das novas regras.
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