Em 2017, a International Salvage Union (ISU), uma associação que dá resposta a acidentes marítimos, protege o mar da poluição e resgata salvados, providenciou 252 serviços a navios que transportavam 3.405.477 toneladas de carga potencialmente poluente, revela um estudo da associação intitulado “ISU’s 2017 Pollution Prevention Survey”.
O estudo, refeito em 2014 para incluir uma gama mais ampla de potenciais poluentes, incluindo contentores e cargas a granel perigosas, teve como factor mais significativo do aumento de incidentes de 2016 para 2017 precisamente as cargas a granel. Porque esta categoria, que inclui produtos como nitrato de amónio, carvão, soja, cereais, sucata de aço ou cimento, que muitas vezes não estão incluídos como potenciais poluentes.
Também o número de porta-contentores envolvidos em casos de resgate de carga registou um incremento significativo, de 21.244 TEU em 2016 para 45.655 TEU em 2017, o que também reflecte a dimensão actual dos navios (menos serviços pode, no entanto, significar mais TEU no final). O combustível de abastecimento resgatado, com 135.995 toneladas, apresentou um aumento significativo em relação ao número de 2016 (89.492 toneladas) de 2016, em grande parte explicado pelo aumento do número de serviços prestados.
Tendo em consideração a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios (MARPOL), o Código Internacional de Mercadorias Perigosas Marítimas (Código IMDG), a orientação para transporte de mercadorias, as Publicações da Federação Internacional de Poluição de Proprietários de Petroleiros e o Código Internacional de Cargas Sólidas a Granel, a ISU presta serviços para melhorar a qualidade do ambiente marinho. Em 2017, os membros da ISU prestaram mais 39 serviços que em 2016 (213).
Comentando os resultados da pesquisa, o presidente da ISU, Charo Coll, referiu que “depois de salvar a vida, proteger o ambiente marinho é prioridade em todas as operações de salvamento. Os resultados desta pesquisa demonstram claramente como os serviços de nossos membros ajudaram a proteger o ambiente marinho de possíveis danos”.
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