Patrick Verhoeven, Secretário-Geral da ECSA, espera que a Comissão Europeia coloque o Transporte de Curta Distância no topo das suas prioridades.

Após o evento realizado em Amesterdão em Fevereiro passado dedicado ao Transporte Marítimo de Curta Distância, Patrick Verhoeven, Secretário-Geral da ECSA, Associação Europeia de Armadores, afirmou ontem em Bruxelas esperar que o momentum não se perca e que a Comissão Europeia coloque a questão no topo das suas prioridades, resultando num rápido desenvolvimento das respectivas e necessárias directivas para dinamizar o sector.

Entre as questões referenciadas, encontram-se a inexistência de um verdadeiro mercado único europeu no âmbito do Transporte Marítimo de Curta Distância, o peso e complexidade dos procedimentos administrativos, as barreiras e restrições impostas aos fornecedores de serviços nos portos, entre outros aspectos que o tornam menos competitivo e menos atractivo que outros meios modos de transporte, o que não deixa de ser tão mais lamentável, ainda segundo o Secretário-Geral da ECSA, porquanto se trata do mais seguro, mais sustentável, mais eficiente e económico meio para um efectivo crescimento do transporte marítimo na União Europeia.

Não obstante todas as promessas, a União Europeia ainda está longe de criar um mercado único para o Transporte Marítimo de Curta Distância porque um navio mal larga um porto perde quase de imediato o seu estatuto de navio europeu, conduzindo a um repetido pesadelo administrativo no subsequente porto, sem sentido algum.

Para além disso, Patrick Verhoeven teme igualmente que a nova legislação sobre a pesagem de contentores, a entrar em vigor em Julho, possa ser mais uma fonte de distorção do mercado, sobretudo no que respeita ao LO-LO, (Lift-in/Lift-off), uma vez um contentor colocado num camião não estar nunca, necessariamente e por definição, de acordo com as regras.

Entretanto, a ECSApublicou uma brochura dedicada ao Short Sea Shipping 2.0 que pode ser acedida aqui.



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