O excesso de oferta fez com que 2017 fosse um ano mau para o sector. No entanto, espera-se que na segunda metade de 2018 entre em recuperação.
VLGC

O excesso de oferta de VLGC (Very Large Gas Carriers – navios de transporte de gás com uma capacidade até 83 mil metros cúbicos de carga) está a inundar o mercado e 2017 foi um ano difícil para o sector. No entanto, segundo a consultora de transporte marítimo Drewry, espera-se, para a segunda metade de 2018, um período de recuperação.

No fim de 2017, contavam-se 62 companhias no sector, mais 17% do que no final de 2013. Como explica Shresth Sharma, Analista do Sector de Gás no Transporte Marítimo da Drewry, entre 2014 e 2015 deu-se um período de grande investimento no sector, que se traduziu mais tarde em excesso de frota. No entanto “a nossa previsão para 2018/20 sugere uma média de tarifa de frete de 23.400 dólares por dia, abaixo dos 28.800 dólares por dia que registámos entre 2011 e 2013”, referiu Shresth Sharma.

De acordo com a consultora, as tarifas de frete nos próximos três anos deverão melhorar e assentar em 2019/20, ainda que não se espere que voltem a atingir o pico de 2014. Nesta onda de esperança, os armadores esperam que o crescimento da frota anual abrande dos 16% registados em 2016, para 5% em 2018/19, mesmo apesar das encomendas de construção que já se conhecem, relativas a Janeiro deste ano, de sete VLGC.

 



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