No plano físico, a principal necessidade do Porto de Aveiro reside nas dragagens, reconheceu Braga da Cruz, presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, em entrevista recente à Rádio Renascença. «Temos um acesso marítimo que, para ser fiável, exige que seja mantido», esclareceu. O mesmo responsável admitiu que estão previstas intervenções para aumentar a competitividade «quer da ligação da via férrea aos terminais de granéis sólidos e líquidos, quer outras pequenas intervenções na infra-estruturação do terminal de granéis líquidos».
Braga da Cruz aproveitou para defender a utilização da ferrovia em detrimento da rodovia, no caso do Porto de Aveiro, opção que contribuiria para aumentar a eficiência do transporte em termos económicos e ambientais. Referiu igualmente que «o mercado de mão-de-obra está estabilizado» no Porto de Aveiro, embora tivesse existido uma perda de valor do porto por ocasião das lutas laborais dos estivadores em 2012. Finalmente, Braga da Cruz defendeu um distanciamento progressivo da autoridade portuária das operações propriamente ditas, no sentido de a tornar mais um regulador do que um agente interventor, cabendo-lhe garantir a qualidade, segurança e a livre concorrência na prestação de serviços portuários.
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