Um dos sindicatos mantém oposição à solução do operador portuário
Porto de Gotemburgo

A APM Terminals Gothenburg, operadora do terminal portuário de Gotembugo, na Suécia, iniciou ontem um processo de despedimentos e de implementação de novos métodos de trabalho, revela o World Maritime News, com base em informações do Sindicato dos Estivadores da Suécia (Swedish Dockworkers Union, ou SDU).

Segundo o jornal, serão eliminados 100 postos de trabalho de estivadores ao longo de um período que se prolongará pelo próximo Verão, com o propósito de aumentar a produtividade do terminal. O mesmo órgão de comunicação, citando o SDU, refere que o operador portuário tomou esta decisão unilateralmente, “sem acordos ou sequer negociações construtivas com qualquer outro sindicato”.

No entanto, o jornal também refere que representantes do Sindicato Sueco dos Trabalhadores dos Transportes (Swedish Transport Workers’ Union’s, ou STWU) informou os estivadores sobre as alterações previstas e que foi entendido que este sindicato alcançara um acordo sobre matéria salarial no quadro da implementação das novas medidas. Relativamente ao horário de trabalho não terá sido alcançado acordo, mas o STWU terá feito saber que não se oporá aos novos procedimentos e que subscreverá um acordo no âmbito dos seus associados.

A intenção de alterar a política de recursos humanos no terminal portuário de Gotemburgo gerou um conflito laboral entre a APM Terminals Gothenburg e os estivadores na Primavera de 2016. Em Fevereiro deste ano, o Conselho Internaconal de Estivadores (International Dockworkers’ Council, ou IDC) e o operador portuário mantiveram uma reunião para ultrapassar o problema, mas sem êxito, refere o jornal.

Após o que o operador manteve a sua determinação em prosseguir com as alterações. No dia 24 desse mês, o SDU promoveu uma interrupção do trabalho por algumas horas. Um anúncio de greve para o período de 17 a 28 desse mês foi cancelado para viabilizar uma reunião com o CEO da APM Terminals Gothenburg. Na última semana, ocorreu o anúncio do entendimento do STWU. Para o SDU, não existe solução há vista para o conflito que não passe por um diálogo construtivo com o sindicato sobre todo o modelo de produção e serão importantes novos acordos de longo prazo envolvendo todos os sindicatos afectados para gerar um espírito de cooperação entre a empresa e os trabalhadores, refere o jornal.



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