O desmantelamento de navios totalizou 36,2 milhões de toneladas (dwt, ou tonelagem bruta) nos primeiros nove meses deste ano, o que representou um aumento de 16% face ao período homólogo do ano anterior, refere o World Maritime News citando a associação internacional de transporte marítimo BIMCO.
Segundo as mesmas fontes, a maioria dos desmantelamentos (21,8 milhões de dwt), ocorreu nos primeiros quatro meses. Nos últimos meses, todavia, a actividade foi menor do que em igual período de 2015, o que é explicado com a natureza cíclica própria do negócio.
De acordo com a mesma análise, entre Janeiro de 2014 e Setembro de 2016 (inclusive), a dimensão média dos navios desmantelados aumentou em tonelagem, 32% em 2015 e mais 13% em 2016.
Verifica-se uma tendência para a demolição de grandes porta-contentores, que se explica pela fraca procura global, especialmente neste ano, que não cresce à medida do excesso da oferta, e pela expansão do Canal do Panamá, que faz desaparecer a singularidade do segmento panamax.
No mesmo período, a demolição no segmento dos graneleiros de sólidos registou 72,9 milhões de dwt, ou seja, 66% do total dos desmantelamentos. Já os petroleiros registaram demolições equivalentes a 8,6 milhões de dwt, ou 8,6% do total. Nos contentores, as demolições registaram 14,2 milhões de dwt, ou seja, 13% do total. Os navios tanque para outros produtos que não crude (product tankers), registaram 3% de demolições. Todos os outros segmentos registaram demolições da ordem das 10,7 milhões de dwt, equivalentes a 10% do total.
Igualmente entre Janeiro de 2014 e Setembro deste ano, o Paquistão foi o país que desmantelou ao maiores navios. Já este ano, foi também o Paquistão a demolir os maiores navios, (média de 79,077 dwt por navio). A média geral por navio demolido em 2016 tem sido de 47,845 dwt.
- Os Portos e o Futuro
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística