Apesar da baixa dos preços dos fretes, CMA CGM obteve bons resultados operacionais em 2015, com margens equivalentes a 2014 e resultados financeiros elevados.

Com um crescimento em 2015 no volume de mercadorias transportada na ordem dos 6,3%, atingindo um total de 13 milhões de TEU, a CMA CGM conseguiu manter também uma margem operacional relativamente estável em relação a 2014, na casa dos 5,8%, e um retorno sobre o investimento de 9,2%.

Em termos globais, a CMA CGM atingiu um volume de negócios na casa dos 15,7 mil milhões de dólares, -6,4% do que em 2014, obtendo um lucro líquido de 567 milhões de dólares, também -2,9% do que em relação a 2014, o que não deixa de significar simultaneamente um rigorosa gestão de uma frota quem entretanto, aumentou também de 445 navios em 2014 para 471 navios em 2015, ou seja, mais 26% de capacidade num mercado cada vez mais volátil.

Como refere Rodolphe Saadé, Vice-Presidente do Grupo, no Comunicado emitido pela CMA CGM, entre outros aspectos a destacar para o bom desempenho em 2015 encontra-se o oportuno lançamento da Aliança Ocean Three nas rotas Ásia-Europa e Transpacíficas, bem como a consolidação das operações intra-europeias com a adquirida OPPR, empresa especializada no transporte marítimo de curta distância, bem como a optimização das respectivas linhas de transporte onde hoje navegam já seis navios de 18 000 TEU e, naturalmente, uma invulgar capacidade de constante adaptação às constantes alterações da procura.

Para 2016, não obstante as dificuldades verificadas neste início de ano no mercado do transporte marítimo, Rodolphe Saadé entende porém que, apesar da tendência para uma redução nas margens operacionais pela constante redução do preço dos fretes, o mercado do transportes de contentores não deixará de crescer e, seja pela optimização do transporte no navios de 18 000 TEU para os Estados Unidos como para a Ásia, bem como pela esperado conclusão da aquisição da NOL, não há razão para não estar optimista e não crer que 2016 continuará a ser um bom ano para a CMA CGM.

Entretanto, foi igualmente noticiado pelo Trade Winds que o Grupo Yildirim, ao contrário do previsto para o início deste ano de 2016, irá manter a sua participação de 24% no Grupo CMA CGM por mais dois anos.



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