Rejeitando totalmente a decisão do Tribunal de Haia sobre o Mar do Sul da China, dando razão às Filipinas, como ontem noticiado, Pequim já veio afirmar oficialmente reservar-se o direito de criar uma Zona de Exclusão Aérea para defesa dos seus interesses e soberania na região.
Não deixando de acusar os Estados-Unidos de intromissão e instigadores das reivindicações de outras nações na região, Pequim acusa ainda as Filipinas de má-fé nas suas reclamações sobre a integridade da sua Zona Económica Exclusiva, considerando-as igualmente como completamente infundadas, não obstante não deixar também de afirmar esperar poderem regressar rapidamente á mesa das negociações bilaterais, tal como proposto, de resto, pelo novo Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, para exploração partilhada dos recursos energéticos e haliêuticos nas áreas em disputa.
Ainda sobre a decisão do Tribunal Arbitral de Haia, Pequim afirma igualmente não poder reconhecer uma decisão política proferida por quatro árbitros Europeus e um quinto Ganês que não possuem qualquer conhecimento da realidade asiática, voltando assim a classifica-la como uma «fantochada», acrescentando ser uma mentira afirmar constituir-se como uma decisão vinculativa e interrogando quem irá garantir a aplicação de uma decisão sem qualquer credibilidade pública.
Para além disso, Pequim declarou ainda esperar que outras nações não aproveitem a decisão para ameaçar a China e exortou a todos para um duro trabalho conjunto para tornar possível encontrar um ponto de acordo de forma a garantir a estabilidade e a paz na região do Mar da China.
- O Direito e a Segurança Marítima
- A crescente incapacidade de Portugal defender os seus interesses no Golfo da Guiné
- O Mar cada vez mais exposto ao perigo dos cyberataques
- Porque em Portugal também há Excelência no Mar…
- Polícia Marítima resgata 21 crianças num grupo de 47 migrantes na Grécia
- NRP Setúbal já está operacional
- Polícia Marítima intercepta novo bote de refugiados
- O transporte autónomo ainda é um tema dúbio