No dia 1 de Janeiro, a China estabeleceu limites à importação resíduos, que se torarão imperativos a partir de 1 de Março, refere o World Maritime News. Uma notícia que não terá sido bem recebida entre as empresas de transporte marítimo, às quais cabe o transporte desse tipo de mercadoria, refere a consultora Drewry, citada pelo jornal.
Face à possibilidade de a carga ficar nos terminais por longos períodos para efeitos de análise ao seu conteúdo, as próprias empresas de transporte marítimo decidiram tornar os seus procedimentos para aceitação de reservas mais restritivos. De acordo com o jornal, na sequência desta medida das autoridades chinesas, 3% da carga contentorizada mundial, cerca de 4 a 5 milhões de TEU, está em risco de ir parar a aterros.
O jornal refere um responsável de uma das grandes empresas internacionais de transporte marítimo ouvido pela Drewry, segundo o qual a sua companhia sofreu algumas perdas quando a medida foi anunciada à Organização Mundial de Comércio, em Julho de 2017, mas o impacto nas suas viagens de retorno terá sido negligenciável.
O mesmo responsável admitiu que embora a disrupção no transporte marítimo tenha sido limitada até agora, mantém-se uma preocupação sobre a situação, dado que esse tipo de mercadoria pode corresponder a metade das viagens de retorno.
“Não é claro, nesta fase inicial, se os novos limites impostos pela China podem ser alcançados, o que coloca significativamente mais tonelagem em risco de ser incinerada ou colocada em aterros, em vez de serem embarcadas em contentores; outro tipo de mercadoria, particularmente alimentos, compensarão o prejuízo as empresas transportadoras”, concluiu a Drewry.
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