A ampliação da capacidade dos terminais de contentores nos próximos cinco anos deverá rondar os 10%, a menor taxa de crescimento de sempre num prazo semelhante, de acordo com dados da consultora Drewry citados pelo World Maritime News. Para a consultora, os principais factores a ter em conta nos novos projectos de investimento nesta área são os baixos níveis de retorno em perspectiva e os riscos crescentes nos planos geoestratégico e industrial.
Segundo os dados revelados, as perspectivas apontam para um aumento da capacidade dos terminais em 125 milhões de TEU até 2022, a mesma perspectiva que existia entre 2003 e 2009 (só que então com um mercado de muito menores dimensões), o equivalente a uma taxa de crescimento da capacidade de 2% ao ano. Uma taxa bem abaixo da expectativa da procura e que reflecte um sentimento de prudência relativamente a projectos de raiz, mas que deixa antever um crescimento dos níveis médios de utilização em quase todas as regiões do globo, considera a Drewry.
Os projectos de raiz, com maior nível de risco do que os de mera ampliação de terminais já existentes, e que estão em perspectiva para os próximos cinco anos, são 83, contra 134 em 2009. Por outro lado, existe uma tendência para terminais maiores, induzida pelo aumento da dimensão dos navios e pela criação de alianças entre as empresas de transporte marítimo. Se em 2009, a média da expectativa era de 470 mil TEU por projecto, em 2013 era de 800 mil TEU, mas actualmente é de 650 mil TEU, sugerindo maior cautela dos investidores.
Diz também a consultora que ate 2022 e face a valores de 2017, em África e no Médio Oriente/sul da Ásia, a capacidade dos terminais deverá crescer 22% e 14% respectivamente. Na Ásia e na América do Norte a perspectiva de aumento da capacidade é de 2% e na Europa é inferior a 2%, face aos valores actuais.
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