Um ano difícil para os petroleiros contribuiu para que os responsáveis pela gestão do Canal de Suez ajudassem esse segmento e simultaneamente reforçassem a competitividade daquela via, mantendo descontos nas portagens para o próximo ano
Canal de Suez

A Autoridade do Canal de Suez (ACS) prolongou os descontos aplicáveis a petroleiros que cruzam o canal por mais um ano para atrair mais navios a passarem por aquela via, refere o World Maritime News, acrescentando que a ACS tomou a decisão em função de mudanças em curso no mercado global do transporte marítimo e na economia mundial.

De acordo com o jornal, a circular 1/2018 da ACS relativa a petroleiros provenientes de portos do Golfo dos Estados Unidos, Caraíbas e América Latina e com destino a portos asiáticos permanecerá em vigor de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2019.

Desse modo, os petroleiros com origem ou destino em portos do Golfo dos Estados Unidos e Caraíbas e origem ou destino na costa ocidental do sub-continente indiano (de Carachi a Cochim) terão um desconto de 50% sobre as portagens habituais de passagem pelo Canal de Suez. Adicionalmente, os petroleiros com origem ou destino em portos a leste do porto de Cochim terão uma redução de 75%.

Já os navios com origem ou destino em portos da América Latina desde a Colômbia portos mais a sul e origem e destino em portos entre Carachi e portos mais a leste terão uma redução de 75% nas portagens do Canal de Suez.

Uma análise da consultora Gibson, citada pelo mesmo jornal, ajuda a perceber esta medida. Segundo a Gibson, 2018 foi um ano difícil para os navios tanque, com as tarifas dos fretes a tocarem mínimos no terceiro trimestre, mas antecipando alguma recuperação há muito aguardada.

A Gibson nota que os armadores, para aliviarem a pressão sobre as tarifas, destinando navios tanque à reciclagem, na qual se verificaram, aliás, preços atractivos. Este foi o ano com maior número de desmantelamentos de navios tanque dos últimos 15, com mais de 150 desses navios desmantelados acima das 25 mil toneladas de porte bruto. Além disso, verificou-se um abrandamento do lado da oferta de novos navios, com 25% das entregas previstas para 2018 deferidas para o próximo ano e um dos mais baixos níveis de investimentos em novos navios da última década.

 



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