Na apresentação de Portugal à delegação do Blue Tech Cluster de San Diego realizada ontem, o Embaixador dos Estados-Unidos em Lisboa, George E. Glass, destacou entre outras virtudes, não apenas a área de mar sob jurisdição nacional e o singular ambiente marítimo envolvente mas, acima de tudo, as excelentes instituições e organizações existentes, das Universidades e Centros de Investigação às mais distintas e variadas iniciativas empresariais relacionadas com a economia marítima que permitem perspectivar todas e as melhores condições de trabalho tendo em vista o desenvolvimento dos mais avançados projectos nas mais variadas áreas da Economia Azul.
Recordando a proximidade Geopolítica e Geoestratégica que sempre uniram os Estados-Unidos e Portugal, duas margens de uma mesmo Oceano, George E. Glass não deixou de acentuar ainda algumas experiências que têm vindo a ser realizadas com pleno êxito, com especial destaque, naturalmente, para o projecto WindFloat de conjugação da tecnologia base da norte-america Principal Power com a capacidade de conceptualização e realização da EDP Inovação e de construção da A. Silva Matos.
A Missão Empresarial do Blue Tech Cluster de San Diego que integra 13 delegações das mais variadas áreas, das energias renováveis a empresas especializadas na contenção e limpeza de derrames em porto e mar aberto, seja de petróleo ou químicos em geral, chegou a Lisboa no término de um périplo pela Europa inclui igualmente países como Inglaterra, França, Itália e Espanha.
Como referiu Michael B. Jones, Presidente do The Maritime Alliance, há o maior interesse em estreitar as relações de negócio e de desenvolvimento tecnológico não só entre os Estado Unidos e a Europa mas também no âmbito do Atlântico, razão da sua presença, por exemplo , na assinatura realizada na Torre de Belém da Declaração de Belém juntando a União Europeia, a África do Sul e a União Europeia numa parceria científica tendo em vista a investigação do Oceano Atlântico , do Árctico à Antártida.
Nesse enquadramento, adiantou ainda Michael B. Jones, têm vindo a ser desenvolvidos já múltiplas iniciativas de aproximação da The Maritime Alliance com a Comissão Europeia, em especial com a Direcção-Geral de Assuntos Marítimos e das Pescas, bem como com a Rede de Clusters Marítimos Europeus, ENMC, e com os próprios Clusters Marítimos nacionais, incluindo, naturalmente, Portugal.
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