“Esta baleia tinha a maior quantidade de plástico que alguma vez tínhamos visto numa baleia. É nojento”, lê-se na publicação das redes sociais a propósito da baleia que foi encontrada morta nas Filipinas devido a um choque gástrico, com 40 quilos de plástico no estômago, segundo vários meios de comunicação.
A autópsia, realizada pelo D’Bone Colector Museum, um pequeno museu das Filipinas, revela que 40 quilos de plástico incluem mais do que os simples sacos de plástico que se usam nos supermercados: “Há 16 sacas de arroz e 4 sacos grandes, idênticos aos que se usam nas plantações de bananas”.
“Apesar de não termos conseguido determinar a causa da morte, os factos que conhecemos já são horríveis o suficiente”, afirmou então Dwi Suprapti, bióloga marinha do World Wildlife Fund (WWF), à CNN.
Nos últimos 40 anos, a quantidade de plásticos nos oceanos aumentou 100 vezes, segundo um alerta da associação espanhola Ambiente Europeu. Já um estudo australiano concluiu que em 2050, 99% das aves marinhas vão ter resíduos de plástico no aparelho digestivo. Sendo que também nos seres humanos já se começam a notar vestígios de microplásticos.
É crucial que esta poluição pare. Este mês, a IV Assembleia da ONU para o Ambiente chegou a um acordo geral, que ainda terá de ser ratificado, para acabar com a contaminação dos mares com plásticos e microplásticos, que deverá entrar em vigor em 2030.
- Ainda o dilema da Mineração em Mar Profundo
- Para salvar os oceanos e os cetáceos temos de actuar já
- Para Celebrar o Dia da Terra _ e do Mar também…
- Bandeira Azul não se aplica apenas às praias mas também a Marinas e Marítimo-Turística
- Os quatro anos da Fundação Oceano Azul e a importância das AMP
- 14 Municípios já aceitaram competências para gerir praias
- Nem só de plásticos morrem os animais marinhos
- Foram resgatadas três baterias poluentes perto da Ilha de Culatra