A Associação Asiática de Armadores já expressou a sua preocupação com a proposta da União Europeia de imposição de uma taxa que demandem os seus portos para incentivar os respectivos proprietários a reciclá-los de forma ambientalmente sustentável.

A Associação Asiática de Armadores, chamada a ratificar a Convenção de Hong Kong, já já expressou a sua preocupação perante a ICS, Câmara Internacional de Transporte Marítimo, e a ECSA, Associação Europeia de Armadores, relativamente à proposta da União Europeia de futura imposição de uma taxa que demandem os seus portos para incentivar os respectivos proprietários a reciclá-los em estaleiros que adoptem, comprovadamente, procedimentos ambientalmente sustentáveis.

Para a Associação Asiática de Armadores, a Convenção de Hong Kong, sustentada nas disposições da IMO, Organização Internacional Marítima, é suficiente, instando, de resto, os seus membros a ratificá-la.

Aprovada em Maio de 2009 pela IMO, a Convenção para a Reciclagem Segura e Ambientalmente Responsável de Navios, HKC, só foi, de facto, até hoje, ratificada por 15 nações de armadores e de recicladores, correspondendo a cerca de 40% do total da tonelagem bruta de navios activos.

No caso da União Europeia, para além da ratificação da Convenção de Hong Kong, as suas disposições internas vão mais longe, determinando uma lista mundial de estaleiros onde os respectivos navios poderão ou não ser reciclados, impondo, para a sua aprovação, entre outros aspectos, por exemplo, condições de trabalho seguras, de acordo com as leis internacionais do trabalho, bem como um efectivo controlo de poluição, incluindo a instalação de sistemas de gestão de resíduos.

Índia, Bangladesh, China e Paquistão são as nações com maior número de instalações de reciclagem de navios, constituindo-se Alang, na Índia, como o maior centro mundial nesse domínio.



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