No último Domingo, arrancou na Calheta, em São Jorge, nos Açores, aproveitando as festividades locais, a «Pesca na Ilha», uma iniciativa destinada a “promover os produtos mais icónicos de cada ilha” da região, conforme explicou o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes.
Promovida pela Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, através da Direcção Regional das Pescas, a iniciativa abrange a fileira da pesca e o sector da restauração, em eventos que envolverão as associações de pesca local e parcerias com entidades locais, “como as autarquias”, referiu a propósito Gui Menezes, sublinhando o interesse em “ligar o sector da pesca à identidade da ilha, dignificando a fileira da pesca e as comunidades piscatórias”.
No caso de São Jorge, os produtos identificados foram o atum da conserveira Santa Catarina, de boa projecção internacional, e as amêijoas da Fajã de Santo Cristo, “consideradas um produto de excelência”, referiu o governante regional. O próximo evento da iniciativa será em Agosto, na Ilha Graciosa, e os produtos a destacar serão o peixe seco e as algas.
Neste caso, estiveram envolvidas a Direçcão Regional dos Assuntos do Mar, a Câmara Municipal da Calheta, a Federação das Pescas dos Açores, a Associação de Pescadores de São Jorge, a Associação de Apanhadores de Amêijoa da Caldeira da Fajã de Santo Cristo, a APASA – Associação de Produtores de Atum e Similares dos Açores, o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, o Núcleo Empresarial de São Jorge e a Fábrica Santa Catarina.
Na apresentação da «Pesca na Ilha», Gui Menezes revelou vontade de “trazer a pesca para o quotidiano das pessoas, através da criação de parcerias com as entidades locais, para que a imagem do sector se valorize” e de promover uma reflexão “sobre a forma como determinados produtos são consumidos e sobre como todo o circuito de comercialização é feito”.
“Queremos que haja uma reflexão sobre a sustentabilidade destes produtos, trazendo ao público em geral conhecimento mais detalhado sobre a forma como são explorados e os cuidados que devemos ter na sua exploração para que seja sustentável”, referiu o mesmo responsável, mencionando ainda o novo regime do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) para parcerias entre cientistas e pescadores, cujo valor máximo é de 200 mil euros de apoio por projecto é de 200 mil euros.
- Karapau: uma Aplicação ao serviço da remuneração dos pescadores
- Pesca: um sector crucial quase esquecido pelo Governo
- Aquazor: um dos mais avançados projectos de aquacultura offshore em Portugal
- Docapesca: náutica de recreio e o plano de investimentos
- Pela valorização do peixe e dos pescadores Portugueses
- Como se delapida Capital Natural
- Não pensamos a pesca e o futuro do sector pode estar em causa
- Uma nova era, finalmente, para a aquacultura em Portugal?