Com as medidas que a União Europeia quer impor na Grécia no que respeita aos impostos, os armadores procuram uma aproximação a Chipre.

Theodore Veniamis, Presidente da União dos Armadores Gregos, defende uma aproximação, maior cooperação e desenvolvimento de novas sinergias entre as respectivas comunidades de armadores, num momento em que os armadores gregos começam a pensar seriamente numa relocalização das suas frotas uma vez a Comissão Europeia continuar a pressionar o Governo de Atenas a impor novas taxas aos armadores por considerar o actual regime incontatível como as leis comunitárias vigentes.

Como salientou ainda o Presidente da União dos Armadores Gregos, Chipre, como é sabido, sempre constituiu uma das primeiras possibilidades que os gregos sempre pensaram em caso de necessidade de uma relocalização das respectivas frotas, caso a Comissão Europeia persistisse na intenção de reescrever parte da Constituição Grega e ao seu regime de protecção de impostos aos seus armadores.

Nesse enquadramento, Theodore Veniamis entende igualmente importante que ambas as comunidades se juntem numa frente comum para acompanhar as avaliações em curso da União Europeia dos vários regimes de imposto de tonelagem a par das Directrizes sobre as Ajudas de Estado aos Transportes Marítimos.

Os números, de qualquer modo, não deixam de ser significativos: 290 navios gregos registados sob bandeira cipriota, representando 35% em número e 59% em arqueação bruta e a recente aprovação do imposto de tonelagem cipriota pela Comissão Europeia e as possibilidades oferecidas igualmente em termos de impostos a investidores estrangeiros, criam, de facto, ainda segundo palavras do residente da União dos Armadores Gregos, um ambiente propício e mesmo uma oportunidade de reforço da competitividade à frota helénica.



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