A Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO) defendeu esta semana uma revisão em alta das possibilidades de pesca (comumente designadas por quotas) da sardinha para 2018, das 14.600 toneladas actualmente fixadas para Portugal e Espanha, para um intervalo entre 20 a 25 mil toneladas, referiu a Lusa.
Para a associação, o limite de capturas que defende baseia-se no “total respeito pelos dados científicos disponíveis, pela garantia da continuação da sustentabilidade do recurso e pela precaução que essa alteração continua a garantir”, refere em comunicado.
E usam como argumento os resultados “favoráveis e positivos” do cruzeiro científico do IPMA de Dezembro de 2017, que indicavam para 120 mil toneladas de sardinha entre Caminha e o Cabo Espichel, mais 110% face à biomassa avaliada em Dezembro de 2016 (57 mil toneladas), e que serão os dados que o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, sigla em inglês) deverá publicar em Julho no seu parecer relativo à pesca da sardinha, refere a Lusa.
Mas o ICES também é contestado pela associação. Segundo a Lusa, a ANOPCERCO defende a revisão do parecer do ICES, que apontou para um cenário de «pesca zero» em 2018. Entretanto, ontem, os parceiros da comissão de acompanhamento da pesca da sardinha, presidida pelo IPMA), começaram as reuniões para definição das possibilidades de captura da sardinha para 2019.
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