Inaugurado há 100 anos, em 15 de Agosto de 1914, o Canal do Panamá, considerado como a oitava maravilha do mundo, ao ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico através de 80km, encontra-se ainda em obras de expansão até ao final de 2015. A data de conclusão marcada para Outubro de 2014 acabou por ser adiada por mais 14 meses. Não só por causa dos elevados custos associados a estas obras (foram investidos já cerca de 5.000.000.000 de dólares), como também em virtude das várias greves que têm sido feitas pelos seus trabalhadores.
Até à data, as obras de expansão, que permitirão a passagem de navios maiores (da chamada classe post-Panamax), têm estado ao cargo do consórcio Grupo Unidos por el Canal (GUPC), constituído por empresas de Espanha, Itália, Bélgica e Panamá. A China também já manifestou o seu interesse em participar.
Hoje, o Canal do Panamá é atravessado por aproximadamente 5 milhões de navios de carga por ano. De acordo com a Autoridade do Canal do Panamá, os lucros obtidos com o Canal geram anualmente cerca de 1.000.000.000 de dólares para o Panamá, um valor que até 2025 pode quadruplicar.
De facto, desde o ano de 2000, que o Canal do Panamá se transformou num ponto de intersecção global, sendo atravessando por cerca de 144 rotas marítimas internacionais, provenientes nomeadamente da China, dos EUA, do Equador e do Chile. Diariamente, em média, o Canal é atravessado por 40 navios. Só em 2013, cerca de 213 milhões de toneladas de carga atravessaram o Canal, movimentando aproximadamente 2.411 mil milhões de dólares.
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