O sector de tecnologia marítima holandês, que envolve mais de 100 estaleiros e 800 empresas marítimas, viu a sua actividade crescer em 2018. No total, representou 7,3 biliões de euros para a economia do país, mais 400 milhões de euros do que em 2017, segundo dados do Netherlands Maritime Technology (NMT) citados na imprensa internacional.
No entanto, este aumento nem sempre se traduz em lucro. O nível dos preços continua sob pressão em muitas empresas. Apesar de a aposta continuar a ser numa maior preocupação com questões de sustentabilidade ambiental e as tecnologias (fortalecendo a posição competitiva do sector), há outras áreas menos positivas. Por exemplo, o sector de construção naval continua parado. Em 2018 recebeu 39 pedidos, contra 56 em 2017, ainda que o valor geral das encomendas se tenha mantido em 1,8 biliões de euros.
Assim, “o foco agora é em embarcações complexas e inovadoras e estamos a trabalhar com uma enorme diversidade de designs. Os nossos estaleiros tiveram bastante dificuldade em 2018. É um testemunho de sua perseverança, não parando de inovar e de atrair pedidos para novos tipos de navios, apesar dos desafios”, afirmou Bas Ort, presidente da associação comercial NMT, comentou.
“Vimos pequenas melhorias na Holanda em 2018 em comparação com 2017, tanto para os estaleiros como para os fornecedores holandeses. Um pequeno passo à frente, mas que não foi fácil de atingir, e agora os estaleiros estão mais criativos do que nunca”, prosseguiu Ort.
Note-se que este é um problema geral que está a afectar vários países. Uma questão que se denota pelas várias parcerias, apoios e fusões de que têm sido alvo muitos estaleiros navais. Pelo que, ressalva Bas Ort, há que ter em atenção as “igualdades de condições, tanto a nível mundial como Europeu, uma das questões mais importantes e complexas pelas quais nos empenhamos todos os dias”.
O volume de negócios dos cerca de 800 fornecedores marítimos holandeses foi de 3,5 mil milhões de euros em 2018, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior. Sendo que a tendência de diminuição do volume de negócios dos reparadores locais foi, pela primeira vez, quebrada em 2018. A receita foi de 416 milhões de euros em 2018, em comparação com 381 milhões de euros em 2017.
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