Afinal, não poderia a ser mais oportuna a data da realização da VII Grande Conferência, como mesmo mais decisiva a sua própria realização.

Afinal, com a dissolução do Parlamento e marcação de eleições para 10 e Março do próximo ano, daqui a quatro escassos meses, o que volta a estar, antes e mais, em causa, é tão simples quanto isto: queremos continuar a ser uma nação inconsciente de si e, por conseguinte, à deriva, ou assumimos finalmente a nossa primordial condição enquanto Nação Atlântica e eminentemente Marítima?

Temos com consciência disso e consequente capacidade de serem o «motor» da tal necessária viragem?

Talvez não, e por isso mesmo tão mais ainda oportuna e decisiva a realização da VII Grande Conferência, para que, quem não sabe, se deixe começar a iluminar por quem sabe.

Tão simples e tão complexo quanto isso.



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