A principal prioridade do porto de Lisboa é «recuperar da crise laboral de 2012», que gerou perda de clientes, afirmou hoje a Directora da Área de Terminais Portuários do Porto de Lisboa durante o seminário sobre “A Competitividade dos Portos Nacionais”, promovido pelo Jornal da Economia do Mar, com o apoio da Câmara de Comércio Luso-Belgo-Luxemburguesa, Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e Montepio, em Lisboa. Durante o encontro, aquela responsável foi confrontada com críticas à construção de um novo terminal de contentores no Barreiro por parte da audiência.
Igualmente presente, João Franco, presidente da APS, destacou que «o porto de Sines não compete com os outros portos nacionais, mas sim com os portos espanhóis, como o de Algeciras e o de Valência» e com um exterior à Europa, «que é o de Tânger Med». Outro orador, Emílio Brogueira Dias, presidente do Conselho de Administração dos Portos de Leixões, Douro e Viana do Castelo, manifestou a sua estranheza pela defesa da redução dos prazos das concessões portuárias que é feita no recente relatório da Autoridade da Concorrência sobre a concorrência nos portos nacionais.
Por seu lado, João Braga da Cruz, presidente do Conselho de Administração dos Portos de Aveiro e Figueira da Foz, salientou a relação do porto de Aveiro cos os seus grandes clientes, como a Portucel, a Cimpor, empresas de aço e o complexo de Estarreja. Victor Caldeirinha, presidente do Conselho de Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, destacou o papel do porto de Setúbal na exportação e abordou a questão do hinterland como factor de desenvolvimento dos portos.
O evento contou também com as intervenções de Isabel Moura Ramos, da Agência Portuguesa de Short Sea Shipping, Luís Cacho, da Associação de Portos de Língua Oficial Portuguesa, Michel Cigrang, do CLdN Group, e Jorge Antunes, da Tecnoveritas.
- Os Portos e o Futuro
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística