Com o objectivo de melhorar a consciencialização das tripulações que navegam no Árctico, muitas vezes sem experiência, e ajudá-las a tomar decisões correctas à medida que traçam um curso seguro e eficiente nas águas geladas, a União Europeia (UE), nomeadamente o Reino Unido, como coordenador, a Suécia, a Noruega, a Irlanda, a Finlândia e a China, estão a desenvolver um projecto cujo investimento rondará os 6,5 milhões de euros, segundo o Safety4Sea.
Segundo a mesma fonte, o projecto de pesquisa SEDNA (Safe maritime operations under extreme conditions: the Arctic case), lançado em 2017 por um consórcio de 13 parceiros de seis países diferentes, espera-se que desenvolva uma abordagem inovadora e integrada baseada no risco para uma navegação Árctica segura e uma concepção e operação de navios inovadora.
A equipa incide a sua pesquisa no desenvolvimento de uma abordagem centrada no ser humano para melhorar a capacidade e as habilidades da tripulação do navio, especialmente as que têm pouca ou nenhuma experiência no Ártico, para navegar com segurança pela região. A abordagem incorpora recursos como tecnologia de realidade aumentada (AR) e melhor gestão de informações. No entanto, o projecto pretende também desenvolver soluções de engenharia anti-gelo para reduzir a formação de gelo, o que pode ter um enorme impacto na estabilidade de um navio. Como fornecer equipamentos de segurança e novas directrizes de projecto para a construção de navios adequados para as rotas do Árctico.
A par com estas estratégias, a equipa fará avaliações de segurança de combustíveis mais sustentáveis e de combustíveis fósseis convencionais e os seus impactos potenciais no ambiente do Árctico, embarcações e tripulações devido a acidentes. Avaliações que incluem a elaboração de um Workshop do Comité Europeu de Padronização (CEN, sigla em inglês) com provisões técnicas, riscos de segurança e orientação para o abastecimento.
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