O Primeiro-Ministro do Sri Lanka, Ranil Wikremesinghe, desvalorizou os avisos do vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, sobre a eventual presença militar chinesa no porto de Hambantota, no Sri Lanka, cujas instalações estão concessionadas desde 2017 e por 99 anos à empresa estatal chinesa China Merchants Port Holdings (CM Port), refere o Maritime Executive.
Segundo a publicação, num discurso recente, Mike Pence acusou a China de usar a diplomacia da dívida para expandir a sua influência à custa dos países em desenvolvimento. O vice-Presidente norte-americano lembrou que o Sri Lanka contraiu ume enorme dívida junto da China para construir o porto, que não tem capacidade para honrar, e que a China aproveitou essa situação para pressionar o Sri Lanka a entregar directamente o novo porto, que Mike Pence considera de valor comercial questionável, nas mãos chinesas. E antecipou que em breve o local será usado como base naval da crescente frota militar de Pequim.
Diz a publicação que Wikremesinghe terá considerado a utilização eventual do porto como base naval chinesa é pura imaginária e que como medida de segurança para as nações interessadas, o Comando Sul da Marinha do Sri Lanka será deslocado para o local para providenciar segurança. O mesmo governante terá admitido que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos foi informado destes desenvolvimentos e que não existem bases navais estrangeiras no Sri Lanka, acrescentando que Hambantota é um porto comercial resultante de uma parceria entre as autoridades do Sri Lanka e a CM Port, cotada na Bolsa de Hong-Kong.
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