Num inquérito da consultora Deloitte realizado junto mais de 80 executivos do sector energético, 68% dos inquiridos admitiram que se o mercado do marine fuel for substituído pelo abastecimento dos navios a gás natural liquefeito (GNL), isso terá um impacto positivo sobre a indústria, refere o Safety4Sea. O mesmo inquérito concluiu que as empresas de transporte marítimo aceitam converter-se ao GNL para cumprirem os novos padrões da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) sobre emissões de combustíveis marinhos.
Apesar da boa resposta ao GNL, os inquiridos reconheceram que a adaptação das frotas a este tipo de combustível e a menor competitividade do GNL face aos combustíveis líquidos (por causa do preço) são obstáculos importantes à conversão do mercado, refere a mesma publicação.
De acordo com Bernadette Cullinane, da Deloitte, citada pela mesma publicação, “o GNL está particularmente bem posicionado para beneficiar da legislação da IMO sobre emissões; os resultados do nosso inquérito são um reconhecimento claro de que padrões mais restritos abrirão aporta a combustíveis marinhos mais limpos, como o GNL e o marine gas oil com menor teor de enxofre, para substituírem os combustíveis pesados”.
A mesma responsável referiu ainda que para ser adoptado pela indústria, o GNL precisa de conquistar novos mercados capazes de justificar os investimentos nas instalações de produção. E acrescentou que quase todas as autoridades marítimas do mundo que disponibilizam abastecimento aos navios estão a considerar seriamente o GNL.
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