O Presidente Russo, Vladimir Putin destituiu de uma assentada 50 oficiais da Frota Naval do Mar Báltico, justificando tal acto pela incapacidade de execução estrita de ordens superiormente emanadas, incompetência e corrupção, encontrando-se entre os oficiais destituídos, o próprio Comandante da Frota, o Vice-Almirante Viktor Kravchuk e seu Chefe-de-Gabinete, Vice-Almirante Sergei Popov.
A decisão surge com base no relatório elaborado na sequência da colisão do submarino Krasnodar com um Navio Patrulha Polaco durante um exercício militar naval, havendo notícia que os Comandantes da Frota do Báltico terem tentado encobrir o incidente, levando então o Krelim a abrir um inquérito ao sucedido que se terá prolongado por mais de um mês de intensas averiguações.
Nesse enquadramento o relatório afirma verificarem-se, entre outros aspectos, graves deficiências na organização do treino de combate, incapacidade de avançar com as condições de alojamento do pessoal, completa às necessidades dos respectivos subordinados e elaboração de relatórios distorcidas sobre o estado real de quanto se passava na Frota nos mais variados âmbitos.
Não obstante a justificação oficial, alguns meios de informação e analistas, como Peter Coates, citado pelo News.com.au, a verdadeira razão talvez esteja nos recentes incidentes entre os caças russos Su-24 que sobrevoaram de forma agressiva o USS Donald Cook em Abril passado, como então noticiado, o que faria parte de um plano mais vasto de confronto sistemático com navios norte-americanos e que não terá sido seguido como pretendido por o Comandante da Frota se ter a recusado proceder da forma tão arriscada e perigosa como exigido.
Actualmente a Frota do Báltico está menos bem equipada que a Frota do Mar Negro e as frotas do Norte, sendo constituída por 128 navios de superfície e 71 embarcações de desembarque.
Com a separação dos Estados Bálticos da ex-União Soviética, Letónia, Lituânia e Estónia, a importância do Báltico tem crescido para a Federação Russa, com uma crescente tensão a manifestar-se na região.
Como notam também alguns meios de informação, não há memória, desde as purgas dos anos 30 de José Estaline, de tantos oficiais serem destituídos de uma só vez.
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