É este ano que vai arrancar a reconstrução de uma ponte cais nas instalações da Arsenal do Alfeite S.A. (AASA), anunciou a presidente do Conselho de Administração daquela entidade durante as 14ªs Jornadas de Engenharia e Tecnologia Marítima, em Lisboa, no passado dia 8 de Julho.
A medida tem sido considerada prioritária para Andreia Ventura, conforme referia ao nosso jornal já em Outubro de 2015, e permitirá à AASA reparar duas fragatas em simultâneo com ganhos de eficiência, evitando a deslocação de recursos humanos e materiais para a Base Naval, onde actualmente se realizam essas operações.
Na mesma intervenção do passado dia 8 de Julho, a presidente do Conselho de Administração da AASA também referiu que este ano começará a modernização de um dos cais acostáveis e que serão realizados investimentos de eficiência ambiental.
Entre as ambições manifestadas por aquela responsável também se contam dois propósitos: por um lado, inverter a realidade que é o facto de mais de 80 por cento do serviço da AASA ser destinado à Marinha portuguesa; por outro, aumentar o número de técnicos superiores no quadro de pessoal da AASA.
A primeira ambição resulta do facto de, a par do cumprimento da obrigação de serviço público que é manter capacidades de manutenção e reparação naval de unidades da Marinha portuguesa, a AASA também caminhar para ser uma unidade moderna e internacionalmente competitiva.
Tal como dizia Andreia Ventura na sua recente intervenção, “desde 2009, quando se constituiu como sociedade de capitais exclusivamente públicos”, que esta unidade se abriu ao mercado e pode trabalhar não só para a Marinha nacional, mas também para outros clientes.
Nesse sentido, afirmou que a internacionalização continuará a ser uma das vias a seguir pela AASA, na linha do que tem vindo a ser prosseguido, designadamente, com intervenções em unidades navais da Marinha marroquina, e que estão em curso negociações para a assinatura de novos contratos que optou por não revelar.
Quanto ao reforço dos quadros de técnicos superiores da AASA, será uma forma de responder a um dos principais desafios operacionais da instituição, que é o de desenvolver o capital humano próprio, potenciando capacidades singulares e diferenciadas. Segundo afirmou a mesma responsável, hoje, a AASA tem 525 trabalhadores, maioritariamente operários navais, e 24% são técnicos especialistas.
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