Frota militar norte-americana na vanguarda da eficiência energética
RIMPAC

Desde 30 de Junho e até ao próximo dia 4 de Agosto, cerca de 25 mil militares de 27 países (incluindo a China, segundo fontes militares norte-americanas) participam no exercício aeronaval «Rim the Pacific» (RIMPAC), no arquipélago do Hawai e na Califórnia do Sul, com recurso a uma mistura de 10 por cento de fuel alternativo, derivado de desperdícios de gordura (sebo) de carne proveniente do Midwest (Estados Unidos), e 90 por cento de marine diesel.

No total, 45 navios, cinco submarinos e cerca de 200 aviões tomarão parte naquela que é a 25ª edição deste exercício, que se realiza desde 1971, com o objectivo de garantir a segurança dos oceanos e das vias de transporte marítimo. Segundo meios de informação internacionais, serão utilizados 11,2 milhões de galões da referida mistura de fuel.

Os fuels alternativos podem resultar de desperdícios de óleos animais, algas ou colheitas de produtos não alimentares. Devem ser introduzidos nos equipamentos e não requerem modificação de procedimentos ou motores.

A sua utilização na cadeia de abastecimento aumenta a flexibilidade operacional das forças de combate, permitindo-lhes obter combustível a partir de uma gama variada de fontes em todo o mundo, permanecer mais tempo nos locais das missões, possuir maior poder de fogo e ter custos competitivos face aos fuels tradicionais, segundo referem fontes norte-americanas.

Na edição deste ano, os navios usarão o mesmo tipo de fuel utilizado pelo USS John C. Stennis Strike Group (JCSSG), em 2012. O JCSSG, também designado por Great Green Fleet (A Grande Frota Verde), é uma frota de navios centrada no porta-aviões USS John C. Stennis, pioneira em medidas de utilização eficiente de combustíveis e que está na vanguarda da inovação energética. Além do porta-aviões, é composta por destroyers, alguns com mísseis teleguiados, um cruzador com mísseis teleguiados, helicópteros e aviões.

Recorde-se que desde 2009, a frota de porta-aviões dos Estados Unidos, incluindo o USS John C. Stennis, opera com apenas uma fonte de combustível alternativa, que é a energia nuclear, a qual requer menos meios de armazenamento de combustível, aumentando a capacidade para outros consumíveis e melhorando a sustentabilidade da frota.



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