O lançamento de um imposto sobre as emissões de azoto ou nitrogénio, NOx, é apontado como a melhor solução tendo em vista a redução das mesmas que, segundo os cálculos apresentados, poderá situar-se mesmo na casa dos 70%, de acordo com um estudo encomendado pela ONG Transport & Environment e realizado pela empresa de consultoria ambiental IVL e CE Delft.
Apresentado Quinta-feira passada numa reunião do Parlamento Europeu, o estudo surge pelo reconhecimento por parte da União Europeia de uma maior exigência no que respeita a este tipo de emissões que se crê serem responsáveis anualmente por cerca de 50 000 mortes no espaço europeu, bem como pela necessidade de harmonização com as disposições da Organização Marítima Internacional, IMO, nessa matéria, impondo já Áreas de Controlo de Emissões de Nitrogénio (NECA)
Para além dos efeitos sobre a saúde e a camada de ozono, as emissões de nitrogénio são também responsáveis pela crescente acidificação dos oceanos e eutrofização quando depositadas em terra, lagos e mares.
Crendo-se que as emissões de nitrogénio com origem no transporte marítimo correspondem a cerca de 30% do total deste tipo de emissões com origem em actividades humanas, bem como, de acordo com Agência Europeia do Ambiente, responsáveis também pelas seguintes percentagens de depósitos de azoto ou nitrogénio:
Mar do Norte:
- Bélgica – 13%:
- Dinamarca – 17%;
- Holanda – 17%;
- Noruega – 17%;
- Suécia – 11%;
- Reino Unido – 11%.
Mediterrâneo:
- Chipre – 30%;
- Espanha – 10%;
- Grécia – 21%;
- Itáia – 15%;
- Malta – 51%;
- Turquia – 12%.
Atlântico
- Irlanda – 16%;
- Islândia – 10%;
- Portugal – 19%.
O estudo pode ser lido aqui.
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