Segundo os dados compilados pela organização Conrol Risks, o número de actos de pirataria marítima ao largo da Nigéria envolvendo o rapto de tripulantes nos primeiros quatro meses de 2016 aumentou cerca de 119% em relação ao período homólogo de 2015, enquanto o número de ataques e roubo aos navios ancorados nos portos decresceu significativamente em igual período de tempo.
O mesmo relatório indica também que os principais alvos são, de facto, os navios tanque, com mais de metade das ocorrências, correspondendo um quarto do total dos ataques realizados em águas interiores.
Entretanto, o Ministro Nigeriano do Petróleo, Emmanuel Ibe Kachikwu, fez já saber que o Governo Nigeriano quer entabular conversações com o grupo Os Vingadores do Delta do Níger que têm reivindicado a maioria dos ataques na região que conduziu já a um decréscimo exportações de petróleo para valores mínimos entre os verificados ao longo dos últimos 20 anos, afectando sobretudo a região pantanosa e pobre do Sul do Delta do Níger.
Nesse sentido, Ministro do Petróleo revelou ainda que o Presidente Muhammadu Buhari já nomeou mesmo uma equipa liderada pelo Conselheiro Nacional de Segurança para iniciar o diálogo, instando também os respectivos militantes a fazerem tréguas e deporem as armas, tendo em vista permitir as possíveis negociações chegarem a bom porto, não colocando de parte o Governo suspender igualmente as acções militares anti-pirataria em curso, por uma ou duas semanas, de forma a manifestar sem equívocos a boa-fé do propósito e incitar todos a um diálogo franco.
Até agora, porém, não há qualquer resposta do grupo d’Os Vingadores do Delta e a situação é um pouco mais complexa porquanto outros grupos, entre os quais grupos dissidentes, começam a aparecer, entre os quais o grupo Uche Madu que pretende a secessão do Biafra e se afirma igualmente como apoiante d’Os Vingadores do Delta.
