A NATO destacou uma força naval para o Mar Egeu com o objectivo de participar “nos esforços internacionais para conter o tráfico ilegal de seres humanos e a emigração ilegal” naquela zona, referiu o Secretário-Geral da organização, Jens Stoltenberg.
A força enviada é a Standing Maritime Group 2 (SMG2), vocacionada para a intervenção rápida, com três navios, sem prejuízo de reforço posterior. Vários Estados-membros já se disponibilizaram para o efeito, se for necessário. “Espero que seja reforçada num futuro próximo”, adiantou o Secretário-Geral em conferência de imprensa.
Comandada pela Alemanha, esta força tem por missão “conduzir acções de reconhecimento, monitorização e vigilância em cooperação com as autoridades relevantes”, afirmou Jens Stoltenberg.
“Não se trata de travar ou fazer regressar embarcações com refugiados”, disse o mesmo responsável, acrescentando que as forças da NATO irão cooperar com as guardas costeiras nacionais, designadamente a grega e a turca, e a agência europeia para o controlo de fronteiras externas Frontex, fornecendo informação relevante para combater o tráfico humano e a emigração ilegal.
A decisão de enviar esta força foi tomada na sequência de um pedido conjunto da Alemanha, Grécia e Turquia, no contexto da maior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial e foi imediatamente concretizada com o envio da SMG2.
Portugal não integra esta força, ”nem a questão se coloca”, apurámos junto do Ministério da Defesa Nacional, até porque Portugal integra a SMG1. A SMG2 é normalmente composta por quatro a oito navios de tipo fragata ou destroyer, da Grécia, Holanda, Itália, Espanha, Turquia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, e tem um comando rotativo, geralmente por um ano.
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