O porto de Hong-Kong continua em queda, no contexto dos principais portos de contentores mundiais. Em 2015, os três principais continuaram a ser Shangai (China), com um movimento de 36,5 milhões de TEU, mais 3,5% do que no ano anterior, Singapura, com 30,9 milhões de TEU movimentadas (menos 8,7% do que em 2014), e Shenzen (China), com um movimento de 24,2 milhões de TEU (mais 0,7% do que no ano anterior). Já o porto de Hong-Kong caiu de quarto para quinto lugar no ranking mundial, ultrapassado pelo porto chinês de Ningbo-Zhoushan, com 20,6 milhões de TEU,mais 6% do que em 2014.
Importa referir que a diminuição de movimentos no porto de Singapura esteve associada a um ajustamento desfavorável do tráfego resultante do jogo de alianças no transporte marítimo e que a subida de Ningbo-Zhoushan foi impulsionada por um crescimento de 22% do transhipment. A perda de Hong-Kong, que era o terceiro porto mundial em 2013, está relacionada com a insuficiente área disponível e com a regulamentação restritiva relativamente ao transporte rodoviário interior. Em 2015, este porto registou um movimento de 20,1 milhões de TEU, menos 9,5% do que em 2014.
Este resultado provoca a progressiva perda de influência do porto de Hong-Kong como grande hub do Sudeste Asiático, mas não é o único entre os portos asiáticos com quebras no tráfego de mercadorias ou crescimentos lentos, resultantes da diminuição das trocas entre a China e a Europa. De acordo com a Shanghai Shipping Exchange, uma entidade pública chinesa que zela pelo ajustamento dos fretes, informações e transacções no mercado do transporte marítimo, os 20 principais portos de contentores chineses registaram um movimento de 181 milhões de TEU em 2015, mais 3,7% do que em 2014, ano em que, todavia, o seu crescimento fora de 5,5% face a 2013.
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