Em 2019, deverão surgir no mercado mais de 70 novos super-petroleiros (very large crude carriers, ou VLCC), refere a empresa de brokerage Gibson, citada pelo World Maritime News. Esta oferta de tonelagem deixa antever dificuldades para os armadores, pelo menos, no primeiro semestre, sobretudo face aos anúncios de cortes na produção petrolífera por parte da OPEP ou à redução da produção petrolífera russa.
A este propósito, a empresa antecipa que nem a perspectiva de produção de um milhão de barris diários de petróleo nas Américas, que pode compensar esta situação, tenha potencial para absorver todo esse excesso de oferta.
De acordo com o jornal, baseado em dados da Gibson, esta fragilidade pode ser suavizada pela possibilidade de mais de 60 VLCC necessitarem de ser adaptados para instalar exaustores de gases de escape (scrubbers), criando alguma disrupção no mercado. Mas a Gibson admite que o vazio deixado por essas operações não exceda os 6 a 7 navios, admitindo que cada uma dura um mês.
A Gibson não esquece que os timings destas operações têm as suas vicissitudes. Se forem concentradas no segundo semestre, o impacto será maior. Tem ainda que se considerar que algumas adaptações podem ser realizadas durante os períodos normais de docagem em seco dos navios.
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística
- Prio lança biocombustível para transporte marítimo